Da acumulação sublimada
Guardo, ainda, no frigorífico
A garrafa de «Oralade»
Que trouxe com a Plimpie
Na última vez que a tive a viver comigo.
Durante dois dias
Tentei agarrá-la à vida, e a mim,
Forçando-lhe seringas daquele alimento,
Assim a torturando como prova do meu afecto e dedicação.
O mal que a devorava venceu -
Como vence sempre -
E à Plimpie feita cinza
Sobrevive a esperança líquida
Que a minha compulsão
Acumuladora
Ali mantém.
Lixo refrigerado.