Das leituras à pála da cooperativa
Movidas pelo amor à nona arte e pelos encantos do colectivismo, quatro alminhas conjugaram esforços e erigiram uma belíssima cooperativa cujo objecto é ler a vulgarmente conhecida como Banda Desenhada. Estes foram os primeiros títulos que li à conta da cooperativa, e aqui partilho os respectivos bitaitanços.
«Dylan Dog: O Velho que Lê» (Fabio Celoni, Angelo Stano)
A arte de Fábio Celoni, só por si, já valia a pena. Mas neste noir fantástico-literário notavelmente bem narrado, gera sucessivas páginas a comprovar a máxima de William Kuskin: «The page is a poem» .
Como complemento há o mini episódio «A Pequena Biblioteca de Babel» inspirado na obra de Borges, um complemento jeitoso para este volume.
«Um Cowboy no Negócio do Algodão» (Achdé, Jul)
Um jeitosíssimo desvio do cowboy solitário pelo(a) Luisiana, com os deliciosos Dalton no seu encalço, o marshall Bass Reeves à cata dos Dalton, e os estercos ensacados sob a forma de KKK a praticar os crimes necessários para se sentirem os maiores de sua rua.
E é aqui que entra a pedagogia de modo lúdico para pequenitos e mais graúdos, expondo o racismo naquilo que é: violência pela cor da pele.
Um repasto sequencial à altura daquele com que no epílogo são agraciados os crocodilos, mas de muito melhor digestão.