Das reposições televisivas por iniciativa unilateral
Movida pela extrema necessidade de não pensar em coisas sérias e rir com muita força, decidi rever «Black Books». Todas as três temporadas, as quais estão no YouTube (deixo uma nota para a eficiência do algoritmo publicitário desta plataforma de vídeos: nada do que tão insistentemente me foi exibido nos conteúdos publicitários tem para mim qualquer interesse; estou profundamente grata pelo incentivo anti-consumista).
Naturalmente que esta foi uma decisão brilhante. Já tinha passado tempo bastante para apagar a maioria das piadas da minha memória e muito gargalhei com o alcoolismo misantropo de Bernard Black. A terceira temporada é mais fraca do que as anteriores, mas quando se chega a ela já se ganhou pelo elenco apreciação global suficente para suavizar o menos bom.
Insociabilidade, demência entusiástica e ignorante, relações comicamente abusivas. Tudo numa livraria. Que melhor cenário se poderia usar para pôr gente disfuncional a ter muita piada?
Daqui a uma década, se ainda for viva, é muito provável que reveja «Black Books».
Fica a recomendação.