Das bitaitadas literárias 10
Excluindo a tendência para criar diálogos com exclamações que melhor se quedariam declarações, a escrita de Joseph Roth merece todos os elogios que de um modo geral povoam as críticas ao seu trabalho. Esta curta novela é um bom exemplo do mencionado supra.
Em pouquíssimas páginas todo um universo particular se apresenta ao leitor, levando-o na improvável entrega de Fallmerayer ao desejo que uma aleatoriedade plantou naquela que, até então, era uma existência regrada no espartilho das expectativas alheias. E sim, há a tal «história de amor impossível», a perseverança de Fallmerayer, e todos os lugares comuns.
Mas o que li de verdadeiramente extraordinário foi o epílogo, um «sopapo narrativo» como já não sofria desde as últimas páginas de «A Montanha Mágica» (ainda que numa escala necessariamente menor), e quem leve consciência de classe para esta leitura certamente que também o perceberá.
Sublime.